Nos últimos tempos, o papel do RH vem definitivamente mudando, de uma função praticamente administrativa para uma função estratégica.
Hoje, já vemos muitos Diretores / VPs de RH não só respondendo diretamente ao CEO, mas sim entrando diretamente no plano de sucessão do mesmo.
Contudo, não paramos por aí. Na realidade entendemos que o RH deverá assumir um papel de altíssimo valor agregado, o trabalho com foco absoluto no cliente interno.
Sem tempo de ouvir o artigo sobre RH Ágil? Escute agora!
O RH tradicional focado na implementação de regras, padrões, políticas e controles MORRE. Morre pois ficamos rígidos. Morre pois viramos gargalo. Morre pois nos escondemos detrás das mesmas regras e políticas que criamos. Morre pois não estamos colocando o cliente como foco prioritário das nossas ações.
E, não menos importante, o negócio/business não mais esperará ou aceitará que nossas muletas (normas e procedimentos) atrapalhem a rápida adaptabilidade que o mercado espera!
Agora, este dá lugar ao RH com foco na cultura ágil e, principalmente, com foco nos clientes. O RH deve promover flexibilidade, adaptabilidade e inovação para apoiar incondicionalmente a experiência do colaborador.
O objetivo agora é estar mais perto dos times e seus componentes, permitindo assim que os mesmos sejam mais competentes em seus papéis, trabalhem e colaborem melhor uns com os outros, e tomem decisões mais rápidas.
Tudo isso se dá através deste novo posicionamento, pois estaremos mais próximos dos clientes.
Tudo o que o RH fez nos últimos anos foi criar regras, ferramentas e processos informando a todos da organização como as coisas devem ser feitas.
Manifesto de RH Ágil
O Manifesto de RH Ágil foi adotado e adaptado a partir do Manifesto Ágil de TI.
Através do Manifesto de RH Ágil, estamos descobrindo maneiras melhores de desenvolver uma nova cultura e, assim, passamos a valorizar:
- Mais redes colaborativas e menos estruturas hierárquicas
- Mais transparência e menos sigilo
- Mais adaptabilidade e menos prescrição/rigidez
- Mais inspiração e engajamento e menos gerenciamento
- Mais motivação intrínseca e menos recompensas extrínsecas
- Mais desejo e menos obrigação
- Mais Humanos e menos Recursos (colaboração da K21)
O Agile HR pode ser visto de duas perspectivas: como o RH deve funcionar internamente e o que o RH deve entregar ao negócio.
O RH é a força organizacional que impulsiona o negócio, com foco em criar melhores locais de trabalho por meio do desenvolvimento dos indivíduos e suas equipes, permeando todas as disciplinas.
O RH passa a ser o guardião da cultura ágil e de seus desdobramentos. Ágil é cultura, e não se muda cultura sem mudar as ferramentas, os processos e as metodologias.
Por outro lado, o RH verdadeiramente deveria se livrar ou, no mínimo, repensar todas as coisas que não são competências essenciais/principais:
- Folha de pagamento poderia ser feita por Finanças, afinal, é o core business deles mesmos, não é?
- O jurídico deveria fazer os documentos legais, e parece até óbvio, mas não trivial.
O RH precisa se concentrar no seu cliente: as pessoas!!!
Como o RH pode suportar uma transformação organizacional ágil? Reavalie a estrutura organizacional atual e projete uma nova estrutura que permita a adaptabilidade nos negócios, maximize a comunicação e a colaboração entre as equipes e facilite o fluxo de valor.
Finalmente chegou a hora de o RH sair do banco detrás das organizações e assumir de uma vez o volante da mesma.
8 Comentários
Adorei o post! Totalmente real e possivel! O mais dificil é saber por onde começar para implantar/transformar um RH com essa visão, acompanhado de toda a empresa!
Isso é vida para o RH, amei pq me sinto e vivo assim. 🙂
Bela visão. Tenho atuado como professor de RH numa universidade estadual. Tem ótimos alunos. Atentos às mudanças que vêm ocorrendo. Procuro discutir o que fazer quando se formarem, pois, certamente, encontrarão um ambiente organizacional que vai lhes exigir muito mais do que hoje às organizações têm e praticam. Na sociedade do conhecimento as pessoas são a riqueza, por suas potencialidades. Entendo que o potencial, por si só, não é suficiente e esta área, com nova cara, será o motor das organizações. Ainda não é realidade, mas as empresas e os administradores que não perceberem este novo paradigma, terão que enfrentar dificuldades que poderiam ser superadas, usando a inteligência. Esta publicação abriu uma discussão que pode e deve ser ampliada.
Silvio,
Fico muito feliz que tenhas gostado!
Abs
Parabens André, amuito tempo que não lia uma matéria de RH tão bem estrurturada e melhor ainda de forma simplificada. Um grande abraço
Diogenes,
Opa, que bom que você gostou !
Forte Abraço
Bocater
Parabéns. Em 2013 meu TCC defendi que o RH deva ser parceiro Estratégico nas Organizações. Cuidando de processos voltados para Pessoas.
André, bom dia. Eu gostaria de te ouvir mais a respeito de “Mais redes colaborativas e menos estruturas hierárquicas”. Como fazer isso acontecer na prática? Silos funcionais existem pois “deram resultado”… mas, e agora?