O desperdício da inteligência humana

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O desperdício da inteligência humana

15/05/18 - 2 minutos de leitura

Este é um artigo inspirado no TED “Como regras demais no trabalho impedem você de completar as coisas”, do Yves Moriuex e “Como gerenciar uma empresa (quase) sem regras”, do Ricardo Semler. Ambos os vídeos me fizeram refletir e observar as organizações sob esta brilhante provocação de desperdício da inteligência humana.
No seu livro A Empresa Conectada, Dave Gray explica que no século XVIII, Adam Smith propôs a divisão do trabalho como uma forma potencial para aumentar a produtividade, ou seja, criamos uma cultura de especialistas e de dependências. Cada trabalhador depende mais do outro para realizar o seu trabalho. Quanto maior for uma organização maior será o número de dependências e a capacidade de realizar eficientemente o trabalho diminui exponencialmente.

cultura da dependência e desperdício da inteligência humana

Conforme o número de dependências aumenta e a eficiência diminui,  surge a necessidade de sincronização e este tem sido o trabalho da gerência. Para melhorar a produtividade, eles usam medições e controles, mas conforme a complexidade aumenta, aumenta também o número de atividades a serem coordenadas. Se as atividades não podem ser automatizadas, a única saída da gerência é delimitar a variação. Isso faz com que o trabalho seja mais eficiente, mais consistente, mais previsível e confiável: mais a prova de idiotas.
“Quanto mais a prova de idiotas for o sistema, mais as pessoas agirão como idiotas” – Dave Gray
Ricardo Semler relata como há quase 30 anos ele criou através de um pensamento radical uma organização “quase” sem regras. Pouco a prova de idiotas. Com o mínimo de desperdício de inteligência humana possível. As provocações que mais me chamaram atenção na palestra dele foram:
“Como você planeja visando a sabedoria? Viemos de uma era de revolução, revolução industrial, era da informação, era do conhecimento, mas não estamos nem próximos da era da sabedoria. Como planejarmos e nos organizarmos para mais sabedoria? ” – Ricardo Semler.
Para finalizar:
Se mudanças estão acontecendo do lado de fora mais rapidamente do que do lado de dentro, o final está próximo” – Jack Welch, ex-CEO da GE
E aí, como estamos planejando nosso crescimento? A prova de idiotas ou valorizando a inteligência humana?
Se você gostou do assunto e procura respostas práticas, talvez goste também dos nossos treinamentos de Management 3.0 e de Lean Kanban.

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Escrito por

Magno De Santana

Agile Expert e Trainer na K21


Apaixonado por inovação, com experiência em desenvolvimento de produtos digitais utilizando práticas de Design Thinking, Lean Startup e Desenvolvimento Ágil
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